Em uma tentativa de quebrar o impasse da paralisação do governo norte-americano, o presidente dos EUA, Donald Trump, sugeriu ontem estender proteções temporárias para jovens trazidos para os EUA ilegalmente - como crianças e aqueles que fogem de zonas de desastre - em troca de seu prometido muro na fronteira. No entanto, os democratas logo descartaram a proposta.
Antes mesmo do anúncio, a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, disse que a proposta do presidente para acabar com os 29 dias de paralisação parcial do governo foi "uma compilação de várias propostas anteriores rejeitadas, cada uma das quais são inaceitáveis". Enquanto isso, o líder democrata no Senado, Chuck Schumer, disse que a proposta de Trump é simplesmente "mais uma tomada de reféns", acrescentando que o plano de Trump oferece "remédios unilaterais e ineficazes".
O democrata de Nova York disse que há apenas uma saída para a paralisação parcial. "Abra o governo, senhor presidente e depois democratas e republicanos podem ter uma discussão civil e chegar a soluções bipartidárias", disse ele.
Os democratas fizeram o seu próprio movimento na sexta-feira para tentar quebrar o impasse quando eles se comprometeram a fornecer centenas de milhões de dólares a mais para a segurança na fronteira. Mas Trump, que ainda não reconheceu essa oferta, estabeleceu seu próprio plano, que autoridades disseram que estava "em obras" há dias.
Buscando lançar o plano como um caminho bipartidário, Trump disse no sábado que ele
estava incorporando ideias de democratas. Porém, os principais democratas deixaram claro que eles não foram consultados. Trump também disse que o líder da maioria no Senado, Mitch McConnell, traria a legislação para uma votação esta semana, embora
os democratas provavelmente deverão rejeitar. McConnell afirmou anteriormente que nenhuma votação deve ser realizada no Senado até Trump e democratas concordaram em um projeto de lei. Fonte: Associated Press