A Autoridade Palestina anunciou neste domingo a retirada de seus funcionários do posto fronteiriço de Rafah com o Egito, no sul da Faixa de Gaza, para denunciar as "práticas brutais" do Hamas, seu grande rival.
"Esta decisão foi tomada depois dos recentes acontecimentos e práticas brutais dignas de quadrilhas", declarou a agência oficial da Autoridade Palestina, Wafa.
"Desde que tomamos o controle da passagem de Rafah, o Hamas esteve obstruindo o trabalho de nossa equipe", acrescentou a agência.
O Hamas "convocou, prendeu e maltratou nossos funcionários", disse Wafa. "Chegamos à conclusão de que a presença deles era inútil".
A Autoridade Palestina tomou o controle de Rafah em novembro de 2017.
"O Egito tinha condicionado a abertura de Rafah", o único ponto de passagem da Faixa de Gaza para o exterior com exceção de dois terminais a Israel, "a que estivesse a cargo da Autoridade Palestina", lembrou a agência.
A decisão da Autoridade Palestina em relação a Rafah "representa um novo passo do (presidente) Mahmud Abbas para separar a Cisjordânia ocupada da Faixa de Gaza", disse um porta-voz do Hamas.
No fim de 2018, um porta-voz do Fatah, o partido do presidente Abbas, acusou o movimento islamita Hamas de prisões maciças de seus membros na Faixa de Gaza. O Hamas desmentiu estas acusações.