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Diretor da Nissan tira licença devido a tarefas relacionadas ao caso Ghosn

Carlos Ghosn chefiou a Nissan por duas décadas até ser preso no dia 19 de novembro de 2018, acusado de fraudar sua declaração de renda e de usar recursos corporativos para benefício pessoal

O diretor de desempenho da Nissan, José Muñoz, supervisor de estratégia global da montadora japonesa, tirou uma licença do cargo devido a "tarefas especiais decorrentes de eventos recentes", segundo a companhia, referindo-se à prisão do executivo Carlos Ghosn.


O porta-voz da Nissan, Nicholas Maxfield, evitou dar mais detalhes sobre o caso. Muñoz está entre os vários executivos que a imprensa tem especulado como possíveis sucessores de Ghosn.

Figura reverenciada na indústria automobilística, Ghosn chefiou a Nissan por duas décadas até ser preso no dia 19 de novembro de 2018, acusado de fraudar sua declaração de renda e de usar recursos corporativos para benefício pessoal. O executivo se diz inocente.

Ghosn deve comparecer a um tribunal em Tóquio na terça-feira (8/1), sua primeira aparição pública desde a prisão. Seus advogados querem saber se sua detenção, cujo prazo de validade é 11 de janeiro, será estendida. No Japão, suspeitos são frequentemente mantidos presos por meses antes de um julgamento. Os promotores consideram que Ghosn oferece risco de fuga.

Greg Kelly, outro executivo da Nissan acusado de colaborar com Ghosn, foi libertado após pagamento de fiança em dezembro. Ele também se diz inocente.