Caracas, Venezuela - Nove militares venezuelanos, da ativa e da reserva, foram condenados por uma conspiração para derrubar o presidente Nicolás Maduro em 2014, informou o Supremo Tribunal de Justiça (TSJ, na sigla em espanhol) nesta quarta-feira.
As sentenças variam de cinco a oito anos de prisão e envolvem o major-general Oswaldo Hernández, o coronel da reserva José Delgado e sete outros oficiais da Aeronáutica, do Exército e da Marinha, segundo um comunicado do TSJ.
O mais alto tribunal do país confirmou as condenação depois que o sua turma de cassação e uma corte marcial rejeitaram os recursos apresentados pelos soldados, que foram acusados de "preparar em 2014 um movimento insurrecional e desestabilizador, chamado Operação Jericho, contra o governo nacional".
"As diferentes condenações do Conselho de Guerra Acidental de Caracas foram confirmadas, pois estavam envolvidos - como autores ou cúmplices imediatos - nos crimes de instigação de rebelião e contra o decoro militar", acusou o TSJ, acusado pela oposição de "servir" a Maduro.
Os oficiais foram presos entre março e maio de 2014.
De acordo com fragmentos do arquivo publicado pela imprensa local, o plano consistia em tomar destacamentos militares, prender Maduro e outros líderes do chavismo e gerar uma mobilização de cidadãos para derrubar o governo.