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Palestina: Presidente quer dissolver parlamento após ordem judicial

O presidente da Palestina, Mahmoud Abbas, prometeu neste sábado implementar uma decisão judicial e dissolver o parlamento controlado pelo partido rival, o Hamas, o que provocou reações do grupo de ativistas islâmicos. O anúncio de Abbas é o mais recente episódio na série de conflitos entre seu partido Fatah e o Hamas, que começou em 2007, quando o Hamas derrotou suas forças e assumiu o comando de Gaza, mantendo seu governo limitado a partes da Cisjordânia ocupadas por Israel. Desde então, o Conselho Legislativo Palestino (CLP), onde o Hamas detém a maioria após uma vitória esmagadora em 2006 contra a Fatah, foi desativado em boa parte. Assim, a atuação da legislatura permaneceria simbólica, mantendo a divisão política entre Gaza e a Cisjordânia. "Recorremos ao Tribunal Constitucional, que decidiu dissolver o CLP e convocar eleições parlamentares em seis meses, e nós temos que executar essa decisão imediatamente ", disse Abbas em uma reunião da Organização de Libertação da Palestina em Ramallah. Ele acusou o Hamas de bloquear os esforços egípcios para restaurar a unidade palestina, uma acusação que o Hamas nega veementemente. Abbas diz que a dissolução do parlamento visa pressionar o Hamas a aceitar propostas de reconciliação nacional. O Egito negociou inúmeros acordos para acabar com a cisão palestina, mas nenhum foi totalmente implementado, com o Hamas e a Fatah trocando acusações sobre a responsabilidade do fracasso. Em Gaza, legisladores do Hamas se reúnem no CLP, mas a maioria dos membros independentes e outros blocos parlamentares como o Fatah e a Frente Popular de Libertação da Palestina boicotam as sessões para protestar contra a desunião. As leis emitidas pelos legisladores do Hamas estão limitadas a Gaza. Yehiha Moussa, parlamentar do Hamas, alertou que o fim do PLC "destrói o sistema político e abre as portas para o caos na arena palestina". O Hamas provavelmente ignorará a ordem judicial, insistindo que o CLP expira automaticamente somente após novas eleições gerais. Fonte: Associated Press.