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Pagamentos a mulheres durante campanha foram legais, diz Trump

Donald Trump afirmou que os pagamentos feitos a duas mulheres para que se mantivessem em silêncio sobre a relação que disseram ter tido com ele, não têm nada de ilegal

Washington, Estados Unidos - O presidente americano, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (10) que os pagamentos feitos a duas mulheres durante a campanha de 2016, para que se mantivessem em silêncio sobre a relação que disseram ter tido com ele, não têm nada de ilegal.

Esta é sua primeira reação ao assunto desde que o procurador-geral de Nova York publicou, na sexta-feira, documentos judiciais que apontam pela primeira vez diretamente para o presidente sobre pagamentos feitos a Karen McDougal, uma modelo da Playboy, e a Stormy Daniels, uma atriz pornô.

Insistindo mais uma vez em que "NÃO HOUVE CONLUIO" entre sua equipe de campanha e a Rússia antes da eleição presidencial de 2016, Trump tuitou: "Aí agora os democratas vão por uma simples transação privada, chamando-a equivocadamente de contribuição de campanha... não foi isso".

A transação, acrescenta, "foi feita corretamente por um advogado".

"Se houver um erro, é responsabilidade do advogado, não minha", continuou o magnata, voltando a acusar seu ex-advogado Michael Cohen de "mentir simplesmente para aliviar sua sentença". Também voltou a denunciar "uma caça às bruxas".

De acordo com os documentos publicados na sexta, este outrora homem de confiança de Trump, que chegou a um acordo de cooperação com o procurador especial Robert Mueller, "desempenhou um papel central" para impedir que as duas mulheres contassem publicamente sua história.

"Como o próprio Cohen reconheceu, para ambos os pagamentos, ele agiu em coordenação e sob a direção" do candidato Trump, revelam o documentos.

Segundo o procurador de Nova York, "em relação aos dois pagamentos, Cohen agiu com a intenção de influenciar as eleições presidenciais de 2016", com o que seriam financiamentos ilegais de campanha.

A equipe do procurador de Nova York trabalhou em conjunto com Mueller e considerou que os atos do ex-advogado representam um "comportamento criminal grave". Nesse sentido, pediram uma pena de prisão representativa que será estabelecida na próxima quarta, quando um tribunal anunciar sua decisão.