Mais de 24 milhões de cidadãos devem votar "sim", ou "não", para quatro propostas de reforma constitucional lançadas pelo presidente Martín Vizcarra. Entre elas, está a que proíbe a reeleição dos 130 integrantes do Parlamento unicameral, em julho de 2021.
O referendo coincide com o segundo turno das eleições de governadores em 15 das 25 regiões do Peru.
Este ano, o país viveu várias turbulências políticas e escândalos, como a renúncia de Pedro Pablo Kuczynski à presidência em março e o pedido de asilo do ex-presidente Alan García, rejeitado pelo Uruguai há seis dias.
Esta será a primeira vez que se reformará, por meio de um referendo, a Constituição em vigor desde 1993.
Um dos primeiros a votar, na cidade de Moquegua, foi o presidente Vizcarra. Ele lançou essas propostas em 28 de julho passado, em resposta a um escândalo de corrupção no Poder Judiciário, e que o Congresso dominado pela oposição aprovou a contragosto.
"Em todo país se vota pela democracia, se vota pelas reformas da Constituição que propusemos, e isso é democracia em sua essência mais clara", declarou o popular presidente, depois de votar.
Cerca de 50.000 militares e 20.000 policiais foram mobilizados para garantir a ordem neste domingo.
Os primeiros resultados oficiais devem ser conhecidos a partir das 20h locais (23h em Brasília), quatro horas depois do fechamento dos postos eleitorais.
As pesquisas de boca de urna antecipam que o fim da reeleição de parlamentares será aprovado por esmagadora maioria pelos peruanos.