O Tribunal Supremo Eleitoral da Bolívia aceitou a candidatura de Evo Morales a um quarto mandato presidencial, na eleição do próximo ano. Oposicionistas protestam e afirmam que não está sendo cumprido um plebiscito que rejeitou sua reeleição em 2016.
A presidente do TSE, María Eugenia Choque, disse na noite de terça-feira que aceitou a candidatura de Morales, dois dias antes do fim do prazo. Na entrevista coletiva, a juíza não aceitou perguntas dos jornalistas.
Houve protestos contra a candidatura. Em La Paz, algumas pessoas se crucificaram diante do tribunal eleitoral, enquanto um grupo de jovens mulheres começou uma greve de fome. Há marchas previstas no fim de semana contra a reeleição do presidente, no poder desde 2006.
Lideranças da oposição criticaram a decisão da justiça eleitoral, qualificando-a como um mal precedente para a democracia. Para o principal adversário de Morales, Carlos Mesa, é eleição seria ilegal. Líder do Unidad Nacional, o maior partido oposicionista, Samuel Doria Medina afirmou que o tribunal abre "um precedente funesto".
Morales aprovou em 2009 uma Constituição que proíbe a reeleição contínua mais de uma vez. Fonte: Associated Press.