Paris, França - A Chanel deixará de usar em suas coleções peles de animais exóticos, como crocodilos e cobras, tornando-se assim a primeira marca de luxo a tomar esta decisão, aplaudida pelos defensores dos animais.
A marca francesa "não utilizará mais peles exóticas para suas futuras criações", ou seja, de crocodilo, cobra, lagarto e outras, indicou nesta terça-feira em um comunicado.
"Cada vez é mais difícil obter peles exóticas que correspondam a nossas exigências em termos éticos", acrescentou a Chanel na nota.
Os artigos da Chanel, como bolsas, casacos e sapatos confeccionados com peles exóticas, eram vendidos por até 9.000 euros (10.300 dólares). Nesta terça-feira, no site da marca, as bolsas de píton não estavam mais disponíveis para venda.
O estilista veterano da marca Karl Lagerfeld disse à revista Women;s Wear Daily que a Chanel usava peles tão raramente que não conseguia se lembrar da última vez que estas apareceram nas passarelas.
Ele disse que a marca optou por abandonar as peles exóticas em vez de esperar que isso fosse "imposto a nós. Fizemos isso porque é algo que está no ar".
A associação de direitos dos animais Peta aplaudiu a medida: "Não há nenhum sinal de modernidade na utilização de peles roubadas de animais atormentados", disse.
"Está claro que chegou o momento de que todas as marcas, como a Louis Vuitton, sigam o exemplo da Chanel e passem a utilizar materiais inovadores" em vez de pele animal, acrescentou a Peta.
Outras marcas de luxo, como Gucci, Versace, Armani e Hugo Boss já tinham anunciado que estavam abandonando o uso de peles de vison, raposa e coelho, ante um consumidor cada vez mais sensibilizado com o bem-estar animal.