Washington, Estados Unidos - A China aceitou reduzir as tarifas dos automóveis importados dos Estados Unidos, anunciou no domingo (2/12) o presidente presidente Donald Trump, um dia depois de estabelecer com o presidente chinês, Xi Jinping, uma trégua na guerra comercial entre as duas principais economias do mundo.
As Bolsas da Ásia registraram alta nesta segunda-feira (03/12), após a notícia de que Washington e Pequim concordaram com uma trégua de três meses para não impor novas tarifas, enquanto negociam um acordo mais detalhado."A China concordou em reduzir e eliminar as taxas dos automóveis que entram na China a partir dos EUA. Atualmente, a tarifa é de 40%", escreveu Trump no Twitter.
No sábado, Trump e Xi se reuniram após o encontro de cúpula do G20 e estabeleceram uma pausa na guerra de tarifas que afetou os mercados ao redor do planeta durante meses O presidente americano denominou como "incrível" o pacto com o qual Washington espera reduzir o gigantesco déficit comercial com Pequim e ajudar a proteger a propriedade intelectual dos Estados Unidos.
Trump escreveu em sua conta no Twitter que ele e o líder chinês, Xi Jinping, são "as duas únicas pessoas que podem trazer uma mudança massiva e muito positiva, no comércio e muito além, entre nossas duas grandes nações", disse. No mesmo tuíte, o republicano acrescentou que "uma solução para a Coreia do Norte é uma coisa ótima para a China e para todos", em referência ao processo de desnuclearização do país asiático.
Trump se comprometeu a não cumprir a ameaça de elevar de 10% para 25% as tarifas das importações de produtos chineses no valor de 200 bilhões de dólares a partir de 1 de janeiro. Em troca, a China deve comprar uma quantidade razoável de produtos agrícolas, de energia, industriais e outros bens dos Estados Unidos.
Trump não publicou nenhum tuite posterior no domingo para explicar quais tarifas de automóveis serão eliminadas e quais serão reduzidas. A China reduziu em julho as tarifas de importação de automóveis de 25% a 15%. Mas com o aumento da tensão comercial, Pequim impôs aos veículos americanos uma taxa adicional de 25%, o que elevou a carga de impostos a 40%.