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Egito mantém cerca de 40 defensores dos Direitos Humanos presos

Defensores dos Direitos Humanos estão em lugar desconhecido no Egito desde o fim de outubro

Pelo menos 40 pessoas ligadas a uma organização de defesa dos direitos humanos presas no final de outubro estão detidas em "lugares desconhecidos", denunciou a Human Rights Watch (HRW) neste domingo (18/11), pedindo às autoridades que revelem seu paradeiro.

"Muitos dos detidos deram apoio legal e humanitário às famílias dos presos políticos, também desaparecidos", segundo indicou a organização em um comunicado.

"A repressão das agências de segurança egípcias atua agora (...) contra esses bravos homens e mulheres que tentaram proteger os desaparecidos", afirmou Michael Page, vice-diretor da HRW para o Oriente Médio.

A ONG afirma ter falado com "um advogado, um ativista de direitos humanos e dois ativistas políticos que estão em contato direto com as famílias dos detidos".

Uma das fontes consultadas pela HRW indica que há 80 desaparecidos desde o final de outubro, mas apenas 40 foram confirmados.

"As autoridades egípcias deveriam informar imediatamente sobre o local de detenção dos presos e libertar todos os que estavam detidos por exercer seus direitos, além de trazer os demais diante um juiz", afirma a organização.

Em 2013, Mohamed Mursi, da Irmandade Muçulmana, foi derrubado pelo Exército.

Abdel Fattah al-Sissi tomou as rédeas do país em 2014, lançando uma intensa repressão contra a Irmandade Muçulmana e a oposição secular.