Pelas regras anteriores, qualquer pessoa, independente da forma de entrada no território norte-americano, era elegível para pedido de asilo. Segundo autoridades locais, cerca de 70 mil pessoas por ano que entram no país ilegalmente recorrem ao recurso. Geralmente, apenas cerca de 20% dos candidatos são aprovados.
O decreto já foi refutado em tribunais. A União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU, na sigla em inglês) contesta a constitucionalidade da medida, pedindo a revogação do decreto. "O presidente está simplesmente tentando atropelar a decisão do Congresso de fornecer asilo para aqueles em perigo, independentemente da forma de entrada de cada um", disse o advogado da ACLU, Lee Gelernt.
A medida é uma tentativa do governo Trump de tentar controlar a entrada no país das chamadas caravanas, grupos de pessoas que viajam a partir da América Central. Em comunicado, o Departamento de Justiça disse que o regulamento é legal.
Pelas normas firmadas, a entrada de qualquer cidadão de outro país pela fronteira com o México está suspensa e será limitada por um período de 90 dias. Nesse período, as autoridades americanas poderão retirar ilegais e levá-los ao México. As regras valem para aqueles que entrarem nos EUA a partir de hoje.
A Patrulha de Fronteira dos EUA afirma que prendeu mais de 50 mil pessoas ilegalmente em outubro, estabelecendo um novo recorde este ano, apesar das travessias ilegais estarem abaixo das máximos históricas das décadas anteriores. Na manhã deste sábado, cerca de 4 mil migrantes da América Central se preparam para deixar um
estádio no sul da Cidade do México até a fronteira dos EUA. Fonte: Associated Press.