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Suspeito de ataque à sinagoga enfrenta 44 acusações

Robert Bowers, acusado de entrar armado em uma sinagoga de Pittsburgh, enfrenta agora 44 acusações federais, incluindo crimes de ódio

Agência France-Presse
postado em 31/10/2018 17:48
As acusações asseguram que ele cometeu os assassinatos e que violou o direito das vítimas ao livre exercício de suas crenças religiosas
Nova York, Estados Unidos - Robert Bowers, acusado de entrar armado em uma sinagoga de Pittsburgh, enfrenta agora 44 acusações federais, incluindo crimes de ódio, por desatar uma onda e disparos que causou a morte de 11 pessoas, reveladas pelos promotores nesta quarta-feira (31) em uma acusação ampliada.

As autoridades dizem que Bowers, de 46 anos, invadiu a sinagoga Árvore da Vida com um rifle de assalto AR-15 e três pistolas, assassinando 11 fiéis nos serviços de Shabat e ferindo outros seis, incluindo quatro policiais.

"Enquanto estava dentro da Sinagoga Árvore da Vida, Bowers fez declarações que indicavam seu desejo de ;matar judeus;", disseram os promotores.

As acusações asseguram que ele cometeu os assassinatos e que, ao mesmo tempo, violou o direito constitucional das vítimas ao livre exercício de suas crenças religiosas, o que é considerado um crime de ódio sob a lei americana.

Segundo as acusações ampliadas, pode enfrentar a pena de morte, ou prisão perpétua sem liberdade condicional, seguida por uma sentença consecutiva de 535 anos de prisão, informou o Departamento de Justiça.

"O ódio e a violência baseados na religião não podem ter espaço na nossa sociedade", disse o procurador-geral, Jeff Sessions, em um comunicado. "Todo americano tem o direito de frequentar sua casa de culto com segurança".

Bowers defendeu o violento antissemitismo e o ódio aos imigrantes na rede social Gab, muito popular entre a extrema direita, antes do ataque de sábado.

Foi colocado sob custódia após ser ferido em um tiroteio com a polícia e levado para um hospital local. A extensão de seus ferimentos não ficou clara.

Bowers compareceu ao tribunal na segunda-feira em uma cadeira de rodas e não disse nada além de "sim" e "sim, senhor" a um juiz em resposta a questões processuais.

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