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Ex-enfermeiro alemão admite ter matado 100 pacientes

O ex-enfermeiro alemão Niels Högel, condenado à prisão perpétua por dois assassinatos e três tentativas de homicídio, confessou ser culpado pela morte de quase 100 pacientes

O ex-enfermeiro alemão Niels H;gel, já condenado à prisão perpétua por dois assassinatos e três tentativas de homicídio, confessou ser culpado pela morte de quase 100 pacientes numa audiência nesta terça-feira, 30. O alemão é considerado o maior assassino em série da história criminal da Alemanha desde a Segunda Guerra Mundial.


O acusado de 41 anos respondeu com um "sim" à pergunta se ele se considera culpado pelas imputações feitas pela promotoria nesse novo julgamento. Em seguida, ele afirmou enigmaticamente que o que ele confessou "aconteceu". As pessoas presentes na audiência, que no início do julgamento fizeram um minuto de silêncio em memória das vítimas, permaneceram caladas.

O atual julgamento investiga as mortes de 36 vítimas de Oldeburg e de 64 do município vizinho de Delmenhorst, ocorridas entre 2000 e 2005 nos hospitais dessas cidades sem que colegas de trabalho, polícia ou justiça reagissem. Segundo os investigadores, o número de mortos pode ser superior a 200, o que é impossível de provar porque muitas vítimas foram cremadas.

O neto de uma delas, Christian Marbach, afirmou à AFP que os assassinatos deveriam ter sido notados. "Todos os elementos estavam lá. Não era preciso ser um Sherlock Holmes", afirmou. O assassino só foi descoberto em 2005 quando foi surpreendido por uma companheira de trabalho enquanto envenenava um paciente.

H;gel justifica os crimes explicando que se drogava com analgésicos para lidar com a pressão de uma UTI. "Foi o estresse. Com as drogas, parecia mais fácil", disse, acrescentando que "esse trabalho não era para ele".

O ex-enfermeiro costumava injetar drogas em pacientes para causar parada cardíaca e, depois, tentar ressuscitá-los, sem sucesso na maior parte das vezes.

De acordo com a promotoria, a razão para os crimes está no desejo de brilhar na frente dos colegas, mostrando suas habilidades de reanimação, e "tédio". O exame psiquiátrico ao qual foi submetido revelou distúrbios narcísicos e pânico da morte.

Até agora, Niels H;gel nunca expressou verdadeiro remorso. E, de acordo com colegas da prisão, ele se gaba de ser o maior criminoso desde a última guerra. Com Agências Internacionais