O fechamento de uma escola na Cisjordânia ocupada, determinado pelo Exército israelense, provocou nesta segunda-feira (15/10) confrontos entre palestinos e forças de segurança, constataram jornalistas da AFP.
O exército israelense informou que há meses essa escola estava vinculada com a origem da violência, de onde lançavam pedras na estrada usada por militares e colonos israelenses.
A escola acolhe alunos palestinos de povoados de As Sawiya e Al Lubban, no sul de Nablus.
O exército israelense emitiu no domingo uma ordem de fechamento no estabelecimento, mas os alunos tentaram entraram nesta segunda-feira em companhia de responsáveis palestinos, segundo jornalistas da AFP.
Os confrontos eclodiram na escola e em seus arredores, e os soldados e guardas fronteiriços israelenses lançaram bombas de gás lacrimogêneo.
Quatro pessoas foram atingidas por balas de borracha, informou a Cruz Vermelha palestina, enquanto outras pessoas foram atingidas pelas bombas de gás lacrimogêneo.
Um fotógrafo da AFP ficou ferido durante os confrontos.
Samer Ewass, autoridade palestina local, explicou que os moradores se opuseram à decisão das autoridades israelenses.
"Essas crianças têm direito à educação, têm direito a se sentar em uma sala de aula, como todas crianças do mundo", disse à AFP.
A escola foi fechada "em reação a um número significativo de atos terroristas que colocaram em risco a vida de israelenses e palestinos que circulam na estrada próxima", alegou o Exército israelense.