Moscou, Rússia - O Kremlin minimizou nesta segunda-feira (15/10) uma entrevista do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na qual ele disse que o russo Vladimir Putin estava "provavelmente" envolvido nos casos de envenenamentos, o mais recente deles o do ex-espião russo Serguei Skripal. "O presidente americano não fez nenhuma acusação direta", declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
"Simplesmente não pode existir nenhuma acusação direta contra o presidente russo respaldada por argumentos ou provas de qualquer tipo", completou. Questionado no domingo durante uma entrevista ao canal americano CBS acerca se "concordava que Vladimir Putin estava envolvido em assassinatos e envenenamentos", Trump respondeu: "Provavelmente está".
O Reino Unido acusa a Rússia de estar por trás do envenenamento do ex-agente russo Serguei Skripal e de sua filha Yulia com um potente agente nervoso no dia 4 de março na cidade inglesa de Salisbury.
Londres acusou em particular o serviço de inteligência militar russo, o GRU, e emitiu uma ordem de detenção europeia contra dois russos suspeitos de cometer o ataque contra os Skripal.
No início de setembro, as autoridades britânicas responsabilizaram pessoalmente Putin por este envenenamento. A Rússia denuncia acusações e nega qualquer envolvimento. "A Rússia nunca teve, não tem e não pode ter nada a ver com estas acusações", insistiu Peskov.