"O Equador declarou o diretor da publicação WikiLeaks, Julian Assange, que irá pôr fim ao regime de isolamento ao qual está submetido, após uma reunião nesta sexta-feira entre dois altos funcionários da ONU e o presidente equatoriano, Lenín Moreno", informou o Wikileaks em comunicado.
Segundo o portal, além do presidente equatoriano, participaram do encontro o alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados, Filippo Grandi, e o informante especial sobre a proteção do direito à liberdade de expressão, David Kaye.
O redator-chefe do WikiLeaks, Kristinn Hrafnsson, classificou a decisão de "positiva", mas julgou "extremamente preocupante que a liberdade de expressão [de Julian Assange] continue limitada".
Em março, Quito anunciou que havia cortado "os sistemas" de comunicação "com o exterior" do australiano, ao considerar que havia faltado a seu "compromisso escrito de não publicar mensagens que constituíssem uma ingerência na relação [do Equador] com outros Estados".
Segundo o WikiLeaks, Quito "instalou três dispositivos de interferência na embaixada para impedir que Assange se comunicasse pela internet ou pelo celular".
A decisão foi tomada após uma série de tuítes nos quais Assange denunciava a prisão do ex-presidente catalão e líder independentista Carles Puigdemont, e as sanções adotadas por Londres contra a Rússia no contexto do caso Skripal.
Julian Assange (47 anos) está asilado desde junho de 2012 na embaixada do Equador para evitar uma extradição para a Suécia.