O Parlamento do Irã votou neste domingo para participar de uma convenção global
para cortar o financiamento do terrorismo, na esperança de evitar novas sanções internacionais, uma vez que o acordo nuclear de 2015 não evitou as retaliações.
O porta-voz do Parlamento Ali Larijani disse que 143 dos 268 legisladores votaram para se juntar
ao "Combate ao Financiamento do Terrorismo", ou CFT. O projeto de lei deve ser ratificada pelo Conselho dos Guardiões, uma autoridade constitucional, para se tornar uma lei.
O Irã há muito tempo fornece apoio ao grupo militante libanês Hezbollah como grupos armados palestinos, que os países ocidentais veem como organizações terroristas. No entanto, é improvável que ingressar na CFT impeça o Irã de continuar a apoiar esses grupos.
Ao se juntar ao CFT, o Irã seria obrigado a cumprir algumas ideias oferecidas pelo Grupo de Ação Financeira, uma organização intergovernamental que tem como alvo a lavagem de dinheiro em todo o mundo.
O ministro de Relações Exteriores, Mohamad Javad Zarif, classificou a votação de domingo como "histórica". A decisão "tornaria mais fácil para a Rússia e China - que também assinaram
o acordo nuclear - a continuarem fazendo negócios com o Irã, enquanto os EUA restauram as sanções. Fonte: Associated Press