Quito, Equador - A autoridade ambiental do Equador está investigando o roubo de 123 filhotes de tartarugas terrestres gigantes que foram retiradas de um centro de criação das ilhas Galápagos, Patrimônio Natural da Humanidade.
O Parque Nacional Galápagos (PNG) denunciou ante a Promotoria a "subtração de um total de 123 tartarugas das espécies Chelonoidis vicina e Chelonoidis guntheri", indicou o Ministério do Meio Ambiente em um comunicado publicado nesta sexta-feira (5).
Acrescentou que as tartarugas eram criadas em cativeiro no centro Arnaldo Tupiza do PNG na ilha Isabela, a maior do arquipélago no Pacífico equatoriano.
O ministério apontou que o fato está sendo investigado e que "toda informação sobre os avanços e o processo é de caráter reservado para evitar que se dificulte o trabalho das autoridades competentes".
Um deputado por Galápagos denunciou o roubo na quinta-feira. "O roubo das tartarugas foi na terça-feira da semana passada, todas de uma vez, no total 123", expressou à AFP o congressista Washington Paredes.
Ele acrescentou que "o lugar (de criação em cativeiro) onde as tartarugas terrestres estão na ilha Isabela não tem proteção. Não há câmeras de segurança, as tartarugas estão aí, se alguém quiser entrar durante a noite para roubar, pode fazer isso".
O centro de criação "Arnaldo Tupiza" foi criado em 1993 na ilha Isabela e possui uma área de dois hectares para a reprodução de tartarugas gigantes das espécies Chelonoidis vicina e Chelonoidis guntheri.
Nessa ilha habitam cinco das doze espécies de tartarugas gigantes terrestres de Galápagos, todas protegidas por estarem em perigo de extinção.