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Atentado suicida em comício eleitoral deixa 13 mortos no Afeganistão

O homem-bomba detonou a carga explosiva entre as pessoas que acompanhavam um ato de campanha organizado pelo candidato Abdul Nasir Mohmmand na província de Nangarhar, afirmou o porta-voz do governo local, Ataullah Khogyani.

Jalalabad, Afeganistão - Ao menos 13 pessoas morreram e mais de 30 ficaram feridas nesta terça-feira (2/10) em um atentado suicida cometido durante um comício eleitoral na região leste do Afeganistão, a menos de três semanas das eleições legislativas.

O homem-bomba detonou a carga explosiva entre as pessoas que acompanhavam um ato de campanha organizado pelo candidato Abdul Nasir Mohmmand na província de Nangarhar, afirmou o porta-voz do governo local, Ataullah Khogyani. Vários feridos estão em condição crítica, de acordo com Khogyani.

O diretor do Departamento de Saúde da província, Najibullah Kamawal, afirmou que 55 vítimas, incluindo 13 mortos, foram levadas para hospitais. Muitas ambulâncias transportavam as vítimas para centros médicos da capital provincial, Jalalabad. Sayed Humayun, que estava no comício, afirmou que a bomba explodiu durante o discurso de Mohmmand.

A campanha para as longamente adiadas eleições legislativas, convocadas finalmente para 20 de outubro, começaram na sexta-feira com a marca da violência.

Cinco candidatos morreram em ataques direcionados, de acordo com a Comissão Eleitoral Independente, e as autoridades temem o aumento da violência com a aproximação do dia da votação.

Vários centros de registro eleitoral foram atacados, em particular em Cabul, onde um atentado deixou 60 mortos em 22 de abril.

Pela primeira vez, os 54.000 membros das forças de segurança afegãs terão a responsabilidade de proteger os locais de votação. A missão da Otan permanecerá à margem dos preparativos de segurança nos colégios eleitorais. Os talibãs e o grupo extremista Estado Islâmico anunciaram a intenção de prejudicar o processo eleitoral.

Mais de 2.500 candidatos disputarão as eleições de 20 de outubro, que renovarão toda a Câmara dos Deputados do Parlamento afegão.

A votação, que acontecerá com um atraso de três anos em relação à data inicialmente prevista, será um teste para a eleição presidencial programada para abril de 2019.