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Na ONU, líder da UE exalta ordem internacional baseada em regras no comércio

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, afirmou nesta quinta-feira que a União Europeia está "lutando intensamente" para preservar a ordem internacional baseada em regras, "que está atualmente sob grande pressão em termos de comércio, segurança, mudanças climáticas e direitos humanos". Para encarar esse cenário, disse o polonês em discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), a entidade deve ser equipada com meios para cumprir o seu mandato de forma bem-sucedida no combate a "conflitos, pobreza, fome e deslocamento em massa de pessoas do tipo que vemos na Venezuela, na Síria, em Mianmar e muitos outros lugares". Tusk elogiou os esforços dos Estados Unidos para dialogar com a Coreia do Norte em busca do desmonte do programa nuclear do país asiático. "Embora muito ainda dependa da atitude da DPRK (a sigla em inglês para República Popular Democrática da Coreia), vimos que a diplomacia pode abrir o caminho para soluções mais abrangentes", pontuou. No entanto, trouxe à tona também a "situação similar" que com o acordo nuclear internacional com Irã, abandonado no primeiro semestre por Washington. "O acordo é bom para a segurança europeia, regional e global. É por isso que a UE está comprometida em manter o acordo por tanto tempo quanto o Irã permaneça comprometido com ele", garantiu o presidente do Conselho Europeu. "Hoje, quando tantas pessoas, também aqui, nesse salão, incluindo mesmo os líderes mundiais mais poderosos, estão começando a desistir de liberdade, solidariedade e democracia, vamos lembrar da mensagem (dos vencedores do prêmio Nobel da Paz Nelson) Mandela e (Lech) Walesa. E que independentemente de quão difícil fosse a situação, eles nunca capitularam na luta", concluiu, em referência ao discurso do presidente americano, Donald Trump, calcado na "doutrina do patriotismo" e refratário ao "globalismo".