[FOTO1]
Washington, Estados Unidos - Um grupo de senadores dos Estados Unidos - democratas e republicanos - anunciou nesta terça-feira (26/9) um projeto de lei para aliviar a crise humanitária na Venezuela, ampliando a ajuda financeira à população e aumentando a pressão sobre o governo em Caracas.
[SAIBAMAIS]O anúncio da iniciativa, que precisa ser votada na Câmara e no Senado, ocorre no momento em que o Tesouro americano impõe sanções contra o círculo íntimo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, além do poderoso líder chavista Diosdado Cabello. "Milhões fogem da repressão, da fome e da miséria no país. O regime criminoso de Nicolás Maduro converteu a Venezuela em um estado falido, com implicações em toda a região", disse o senador democrata Bob Menéndez, que promoveu a iniciativa com seus companheiros de partido Bill Nelson, Dick Durbin e Ben Cardin, e com os republicanos Marco Rubio, John Cornyn e David Purdue, entre outros.
"Enquanto a catástrofe humanitária na Venezuela cresce diariamente, Maduro trai as necessidades mais urgentes de seu povo", declarou Menéndez, que integra a Comissão de Relações Exteriores do Senado americano.
A lei prevê um fundo de assistência humanitária de 40 milhões de dólares e uma ajuda de 15 milhões de dólares para apoiar a sociedade civil. A iniciativa também prevê insistir junto aos departamentos de Estado, Tesouro e Justiça para que aprofundem as sanções contra funcionários venezuelanos.
O departamento de Estado precisa "trabalhar com os governos da América Latina para estabelecer seus próprios programas de sanções e aumentar a coordenação das sanções com os aliados europeus e latino-americanos".
"A medida que o regime corrupto de Nicolás Maduro adota uma ditadura ao estilo cubano e comete crimes contra a humanidade, incluindo forçar seus cidadãos à fome como forma de coerção política, é vital que os Estados Unidos e nossos aliados forneçam ajuda humanitária direta aos venezuelanos", disse o senador Rubio.
O Tesouro calcula que este ano a hiperinflação na Venezuela atingirá um milhão por cento, em sintonia com as previsões do FMI, em meio à falta generalizada de alimentos e remédios.
Segundo a ONU, ao menos 2,3 milhões de venezuelanos (7,5% da populações) vivem no exterior, sendo que 1,6 milhão emigraram a partir de 2015, com o agravamento da crise.