Chicago, Estados Unidos - Funcionários do McDonald;s realizaram nesta terça-feira (18/9), em 10 cidades dos Estados Unidos, uma greve de um dia, inspirada no movimento #MeToo, para denunciar que o gigante do fast-food não trata de maneira adequada o assédio sexual em seus estabelecimentos.
Os organizadores disseram que a greve foi a primeira do tipo e que tem a intenção de terminar com a incapacidade do McDonald;s de acabar com as passadas de mão, os comentários lascivos e as propostas sexuais em seus restaurantes.
Inspirados no movimento #MeToo contra a violência sexual, os funcionários disseram que as suas experiências refletem uma má cultura dos restaurantes, onde o assédio sexual foi normalizado.
Em um pequeno protesto em frente à sede da empresa, em Chicago, trabalhadores e simpatizantes seguraram cartazes, cantaram e detalharam exemplos de suas próprias experiências. "Estou em greve e parada hoje aqui pela mudança", disse Theresa Cervantes, uma funcionária de 20 anos do McDonald;s que denunciou seus gerentes de assediarem regularmente seus funcionários.
Cenas similares foram vistas em outras nove cidades, incluindo Kansas City, Saint Louis e Durham, onde os funcionários marcharam em protesto diante de alguns estabelecimentos.
A greve acontece quatro meses depois de as mulheres que trabalham para o McDonald;s em nove cidades do país apresentarem uma denúncia por assédio sexual contra a empresa à Comissão de Igualdade de Oportunidades no Emprego.
Os funcionários querem que o gigante do fast-food forme um comitê - integrado por trabalhadores e representantes de organizações nacionais de mulheres - para abordar o tema do assédio sexual.
O McDonald;s não respondeu aos pedidos de posicionamento.