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União Europeia decide em abril mudança de horário de verão/inverno

Caso a proposta seja aprovada os países terão de decidir se ficam com fuso horário de verão ou de inverno.

Bruxelas, Bélgica - Os países-membros da União Europeia (UE) devem decidir até 27 de abril do ano que vem, se mantêm o horário de inverno/verão, depois que a Comissão Europeia propôs suprimir sua mudança obrigatória duas vezes ao ano - anunciou o Executivo comunitário nesta sexta-feira (14/9).

"Os Estados-membros serão livres para escolher, individualmente, entre o horário de verão, ou de inverno, mas deverão fazer isso de modo coordenada para evitar os efeitos negativos no mercado único", indicou o vice-presidente da Comissão, Maros Sefcovic.

Os cidadãos da UE são obrigados a antecipar seus relógios em uma hora na madrugada do último domingo de março, por conta do chamado horário de verão, e adiatam 60 minutos no último domingo de outubro para encarar o horário de inverno.

Se a proposta da Comissão Europeia, sobre a qual a Eurocâmara e as capitais devem se pronunciar, sair na frente, "não haverá mais mudanças de horário a partir de outubro de 2019", explicou a comissária europeia dos Transportes, Violeta Bulc, em entrevista coletiva.

A mudança de horário em março será, assim, a última obrigatória para os países, que terão de comunicar no máximo até 27 de abril se congelam seus relógios no horário de verão, ou se fazem uma última mudança em outubro para ficar com o de inverno.

Na prática, a decisão implica que cada país escolherá em que fuso horário deseja ficar. A Espanha, por exemplo, pode voltar a ter o mesmo horário que Portugal.

À exceção da região das Canárias, a Espanha faz parte do grupo de 17 países (entre eles Alemanha, Itália, França e Polônia) da UE que conta com o fuso horário da Europa Central, apesar de se situar praticamente na mesma longitude geográfica que o Reino Unido.

O Reino Unido, que deve deixar o bloco no final de março, tem uma hora a menos do que os países do horário da Europa Central, assim como Irlanda e Portugal.

Outros oito, como Grécia e Finlândia, estão uma hora à frente de Berlim, e duas de Londres.