Tóquio, Japão - Um terremoto de 6,6 graus de magnitude sacudiu nesta quinta-feira (6/9) a ilha de Hokkaido, no norte do Japão, deixando dois mortos, cerca de 40 desaparecidos e 125 feridos, segundo o último boletim das autoridades. O epicentro do tremor foi situado 62 km a sudeste da capital regional, Saporo, apenas dois dias após um tufão causar importantes danos na região ocidental de Osaka.
O terremoto foi seguido por um abalo secundário de 5,3 graus e outros tremores menores. A Agência Meteorológica japonesa anunciou uma leve elevação do nível do mar nas zonas costeiras, mas não emitiu alerta de tsunami.
O porta-voz do Governo, Yoshihide Suga, informou a morte de duas pessoas, além de 125 feridos em consequência do terremoto. Segundo o canal estatal NHK, uma das vítimas fatais é um homem de 82 anos, que caiu da escada de sua casa durante o tremor.
O terremoto provocou ao menos quatro deslizamentos de terra, informou o porta-voz do governo, Yoshihide Suga. Fotos aérias mostram os estragos causados por um deslizamento de terra que arrancou todas as árvores e soterrou casas na localidade de Atsuma, onde há 39 desaparecidos, segundo o canal NHK.
Os bombeiros evacuavam os demais habitantes de Atsuma de helicóptero. Oito casas desabaram e os socorristas trabalham a procura de possíveis vítimas sob os escombros, segundo o corpo de bombeiros.
Um contingente de 4 mil militares foi enviado à região para participar dos trabalhos de resgate, e este número deve ser ampliado a 25 mil homens, anunciou o primeiro-ministro, Shinzo Abe, após uma reunião do gabinete de crise. Segundo a Hokkaido Electric Power, 2,95 milhões de residências estão sem eletricidade em consequência do tremor, que paralisou a atividade de todas as usinas da região.
O fornecimento de energia deve ser retomado de forma progressiva, informou o ministro da Indústria, Hiroshige Seko. O terremoto também perturbou os transportes ferroviários e aéreos. O aeroporto de Sapporo Chitose cancelou todos os seus voos, segundo a agência de notícias Kyodo.
As autoridades alertaram para o risco de novos tremores: "Fortes abalos secundários ocorrem geralmente nos dois ou três dias seguintes", disse Toshiyuki Matsumori, encarregado de vigilância de tsunamis e terremotos da agência meteorológica.
"O risco do desabamento de casas e de deslizamentos de terra pode ter aumentado nas zonas que sofreram fortes abalos. Pedimos à população que preste atenção na atividade sísmica e nas chuvas, e que evitem as zonas de risco".
"O terremoto me acordou logo após às três da madrugada. Acendi a luz, mas a energia acabou logo depois", contou Akira Fukui, morador de Sapporo.
"Houve um abalo repentino, extremo. Balançou de forma lateral durante muito tempo, parou e voltou a tremer. Tenho 51 anos e jamais vivi algo assim", declarou Kazuo Kibayashi, morador da cidade de Abira.
"Pensei que minha casa ia desabar, ficou tudo revirado. Minha filha, que está na escola, ficou aterrorizada".