Londres, Reino Unido - Viena põe fim ao reinado de sete anos da capital austríaca de Melbourne, e pela primeira vez, uma cidade europeia assume tem o título de cidade mais agradável de se viver. O ranking anual é realizado pelo "Economist Intelligence Unit", o grupo de pesquisa e análise ligado à revista inglesa The Economist. O Rio de Janeiro ficou em 88; lugar e São Paulo em 93; na classificação.
Todos os anos, 140 cidades são avaliadas em uma escala de cem pontos, segundo uma série de indicadores, como o nível de vida, a criminalidade, as redes de transportes, o acesso à educação, a saúde e a estabilidade política e econômica. Viena obtém um resultado quase perfeito, de 99,1 pontos, enquanto que Melbourne, que caiu para segundo lugar, com 98,4. A terceira no pódio é a cidade japonesa de Osaka.
Austrália e Canadá dominam o Top 10, com três cidades cada uma. A Austrália conta, além de Melbourne, com Sydney em 5; lugar e Adelaide, em 10;, e o Canadá tem Calgary (4;), Vancouver (6;) e Toronto (7;).
Os pesquisadores indicam que várias cidades do Top 10 têm uma baixa densidade populacional, o que favorece "uma grande gama de atividades de lazer, evitando um alto nível de criminalidade ou de infraestruturas saturadas". Os dados indicam que Austrália e Canadá contam, respectivamente, com uma densidade populacional de 3,2 e 4 habitantes por quilômetro quadrado, respectivamente, enquanto que a média mundial é de 58.
Japão, com Osaka e Tóquio (7; empatado com Toronto) no Top 10, é o exemplo contrário desta observação, com uma densidade de 347 habitantes por quilômetro quadrado. Em compensação, estas duas cidades são reconhecidas pela qualidade de suas redes de transporte e de seu nível de vida.
Do resto das cidades europeias, a única a aparecer entre as 10 primeiras é a capital dinamarquesa Copenhague, em 9; lugar. Os pesquisadores indicam que os núcleos financeiros como Paris (19;), Londres (48;) e Nova York (57;) são "vítimas de seu sucesso", com uma insegurança mais elevada e infraestruturas às vezes saturadas, o que limita seus atrativos.
Na parte inferior do ranking, as cinco cidades menos acolhedoras são Damasco, no último lugar, precedida por Daca, Lagos, Karachi e Port Moresby, em Papua Nova Guiné. O estudo também destaca as cidades que melhoraram na pontuação. Entre elas, Abidjan, Belgrado e Teerã progrediram notavelmente em termos de nível de vida nos últimos cinco anos, com notas que cresceram mais de 5%.
Kiev, na Ucrânia, é a cidade que mais pontos perdeu no ranking nos últimos cinco anos devido ao contexto político violento.As cidades de San Juan, em Porto Rico (89;), com 69.8 pontos, devastada por um furacão no ano passado, a capital venezuelana Caracas (126;), com 51.3, e a capital paraguaia Assunção (102;), com 64.3, perderam pontuação de maneira significativa em relação ao mesmo período.
Em outro estudo publicado em março de 2018, a consultoria Mercer também situou Viena na liderança de seu ranking das cidades que oferecem maior qualidade de vida no mundo, pelo nono ano consecutivo.