Caracas, Venezuela - O Parlamento venezuelano, controlado pela oposição, pediu à comunidade internacional que ignore a ordem de captura contra o deputado opositor Julio Borges, emitida pelo Supremo Tribunal por seu suposto envolvimento no atentado contra o presidente Nicolás Maduro.
A Assembleia Nacional declarou que a medida contra Borges, que se encontra no exilio, "é de natureza política e não deve ser reconhecida por qualquer tribunal estrangeiro".
[SAIBAMAIS]O Legislativo também qualificou de "desaparecimento forçado" a detenção, na terça-feira, do parlamentar opositor Juan Requesens, também acusado de participar do complô, e exigiu sua "libertação imediata".
Maduro acusa os dois deputados de planejarem o ataque com drones carregados de explosivos que supostamente tentaram matá-lo no sábado passado, durante uma parada militar.
Na quarta-feita, o Supremo Tribunal de Justiça (TSJ) decretou a prisão de Borges por tentativa de "homicídio intencional qualificado". O Supremo também declarou "procedente" julgar Requesens, detido pelo serviço de inteligência na noite de terça-feira.
Imediatamente, a Assembleia Constituinte retirou a imunidade parlamentar de Borges e Requesens. "Apenas a Assembleia Nacional tem competência para retirar a imunidade" parlamentar, destacaram os deputados, que nesta sexta-feira comparecerão à sede da Organização dos Estados Americanos (OEA) em Caracas para entregar a declaração.