Oslo - Um homem foi ferido por um urso polar, que acabou sendo abatido, no arquipélago norueguês de Svalbard, no Ártico, confirmaram neste domingo (29/7) as autoridades norueguesas.
O homem, funcionário da empresa alemã Hapag-Lloyd Cruises e de cerca de quarenta anos, trabalhava no navio MS Bremen no momento do incidente.
No sábado, ele estava a bordo de um barco com um grupo de turistas para chegar à costa, quando, logo após o desembarque, um urso polar o atacou "inesperadamente", explica a empresa.
"O urso foi morto a tiros por outro funcionário que estava no barco", explicou à AFP o comissário Ole Jakob Malmo na ilha de Spitzberg, onde ocorreu o incidente.
A companhia Hapag-Lloyd Cruises fala de um ato de "autodefesa". "Lamentamos muito este incidente", declarou Moritz Krause, porta-voz da empresa.
A vítima foi "levada de helicóptero para Longyearbyen (a capital) antes de ser transferida para Troms; à noite", acrescentou Malmo.
Seu estado é estável e ele não corre risco de morte, garantiu o hospital de Troms;. Uma investigação também foi iniciada para determinar as causas do incidente.
Hapag-Lloyd Cruises explica que recebeu permissão das "autoridades locais" para atracar. Uma autorização confirmada pelo comissário Malmo.
"Os desembarques só são possíveis em alguns lugares (no arquipélago)", acrescentou Krause.
Em Svalbard, os ursos vivem livremente em todo o território. Durante este tipo de excursão, a empresa deve ter certeza de ter homens para proteção contra os ursos polares, responsáveis %u200B%u200Bpela verificação da área antes do desembarque.
Normalmente, "assim que um animal se aproxima, o desembarque é interrompido imediatamente", indicou Krause.
Localizado a mil quilômetros de distância do Polo Norte, Svalbard é o lar, segundo uma contagem de 2015, de mil ursos polares, uma espécie protegida desde 1973.
Cinco ataques mortais contra humanos foram contabilizados em quarenta anos. O último ataque fatal remonta a 2011, quando um urso atacou um grupo de 14 pessoas que estava acampando em uma viagem organizada pela British Columbia School of Exploration. Um britânico de 17 anos morreu e quatro membros da expedição ficaram feridos antes de o urso ser abatido.