A nova vítima, uma mulher de cerca de 40 anos, morreu no hospital. Nove vítimas permanecem internadas em estado grave, de acordo com o Ministério da Saúde grego.
Um detetive contratado pela família de Sophia e Vassiliki, gêmeas de 9 anos, que estavam a caminho da praia com seus avós quando o incêndio atingiu a cidade litorânea de Mati, indicou à imprensa na sexta-feira à noite que as garotas foram identificadas entre os mortos.
O pai, Yiannis, conduzia uma grande campanha em busca das filhas e comoveu o país depois de, num primeiro momento, acreditar tê-las reconhecido em fotos de sobreviventes.
Elas foram finalmente encontradas com seus avós em um terreno onde 26 corpos carbonizados haviam sido descobertos na manhã de terça-feira. Localizado na beira de um penhasco, o lugar se transformou numa armadilha para essas vítimas, que tentavam chegar ao mar, a poucos metros de distância.
Uma mãe também perdeu seu filho de 11 anos, sua filha de 13 anos e seu marido de 54, outros rostos trágicos da tragédia. Ela informou à imprensa sobre a identificação de sua família.
De acordo com a imprensa, um bebê de seis meses também morreu de problemas respiratórios no hospital no início da semana, depois de passar várias horas sob uma nuvem de fumaça e cinzas na água, nos braços de sua mãe, que segue hospitalizada.
Os médicos legistas haviam indicado que muitas crianças estavam entre os mortos, sendo Mati, a uma hora de Atenas, um local popular entre aposentados que recebem seus netos em férias escolares.
Quatro turistas estrangeiros foram identificados até agora entre as 25 pessoas que, de acordo com os legistas, foram identificadas no sábado: um jovem irlandês em lua de mel, uma mãe e seu filho polonês e um belga cuja filha adolescente sobreviveu.
A confusão ainda reinava sobre o número exato de pessoas desaparecidas, no aguardo do fim das identificações, mas também por falta de um censo preciso dos sobreviventes encontrados.
De acordo com o Ministério de Infraestruturas, 3.366 construções foram avaliadas no sábado, das quais mil classificadas como inabitáveis %u200B%u200Be 800 muito danificadas.
O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, assumiu na sexta-feira a "responsabilidade política" pela devastação causada pelos incêndios, os mais mortais vividos pelo país.
O vice-ministro da Proteção do Cidadão, Nikos Toskas, reafirmou neste sábado na TV pública Ert que não houve "erros estratégicos". "O melhor planejamento do mundo não poderia ter" evitado o desastre, insistiu ele, enquanto o governo acusa a violência dos ventos e a anarquia urbana que prevalecem na região há décadas.