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'Quero um enterro digno para ela', diz mãe de brasileira morta na Nicarágua

Em entrevista ao Correio, Maria José da Costa pede ajuda para trazer ao Brasil o corpo de Raynéia e diz esperar que os culpados sejam punidos

A funcionária pública aposentada Maria José da Costa, 55 anos, mãe da estudante de medicina brasileira assassinada por paramilitares em Manágua, capital da Nicarágua, na noite de domingo (madrugada em Brasília), falou ao Correio e apelou pela punição aos executores da filha única, Raynéia Gabrielle Lima, 31, pernambucana de Vitória de Santo Antão.

"Quero que o Brasil inteiro se mobilize, e as autoridades tomem providências para trazer o corpo da minha filha, que está congelado, dentro de uma geladeira lá", desabafou, em meio a lágrimas. "Quero que quem tirou a vida de minha filha pague caro." Ouça abaixo, trechos da conversa:

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Maria José pediu ajuda da imprensa para pressionar as autoridades dos dois países para ajudá-la a enterrar o corpo de Raynéia de forma digna. "Peço para que a imprensa fique em cima das autoridades até que esse caso da minha filha seja resolvido. As duas partes: a primeira é trazer o corpo da milha filha para que ela tenha um enterro digno, e a segunda é culpar quem fez isso com minha filha inocente"

[SAIBAMAIS]A mãe também demonstra aflição por não conseguir entender as razões do crime: "Por quê? Ela é inocente. Estava indo para casa, não estava fazendo arruaça, nada. Por que chegam e atiram nela?"
Raynéia foi fuzilada dentro do carro ao parar em um semáforo, quando retornava para casa, após visitar uma amiga, a apenas 2km de sua residência. De acordo com Ernesto Medina, reitor da Universidade Americana (UAM), onde Raynéia cursava o sexto e último ano de medicina, o carro da brasileira foi removido do local do crime, durante a madrugada, e lavado.