A Polícia também confirmou que não houve mortes e que prendeu o agressor.
"Houve um incidente em um ônibus em Lübeck-Kücknitz. Pessoas ficaram feridas. Ninguém morreu. O agressor foi dominado e está preso", declarou a Polícia no Twitter, sem mais informações.
As vítimas foram feridas em um ônibus de Lübeck, declarou um porta-voz da Polícia local à agência de notícias alemã DPA.
Segundo o jornal local Lübecker Nachrichten, há 12 feridos leves e dois mais graves.
De acordo com testemunhas citadas pelo Lübecker Nachrichten, um passageiro do ônibus deixou cair sua mochila no chão, da qual tirou uma faca, e atacou aleatoriamente os outros passageiros.
O motorista parou o ônibus e foi atacado, de acordo com o depoimento desta testemunha. Ele então abriu as portas do veículo para deixar os passageiros saírem, acrescentou a mesma fonte.
A Polícia chegou ao local e prendeu o agressor.
De acordo com Lothar H., outra testemunha de 87 anos de idade citada pelo Lübecker Nachrichten, os "passageiros saltaram do ônibus gritando. Foi assustador. Depois os feridos foram evacuados. O atacante tinha uma faca de cozinha".
Embora o motivo para o crime ainda não tenha sido estabelecido, esse incidente acontece em um contexto de tensão na Alemanha, onde vários ataques ou tentativas de atentados foram registrados nos últimos anos, particularmente com facas.
O último caso foi relatado em junho de 2018, quando a Polícia anunciou que havia frustrado um atentado com "bomba biológica" após a prisão de um tunisiano suspeito de estar ligado ao grupo Estado Islâmico (EI).
Acredita-se que o homem de 29 anos, que chegou à Alemanha em 2015, tivesse a intenção de encher a bomba com ricina, um veneno.
O ataque terrorista mais grave em solo alemão continua sendo o do mercado de Natal em Berlim, em dezembro de 2016, reivindicado pelo grupo do Estado Islâmico e que matou 12 pessoas.
No final de julho de 2017, um demandante de asilo que estava prestes a ser deportado matou uma pessoa em um supermercado e feriu outras seis. Segundo a Justiça, o ato foi motivado pelo "islamismo radical".
O EI também reivindicou em 2016 um assassinato em Hamburgo (norte), um atentado a bomba em Ansbach (sul) que deixou 15 feridos e provocou a morte do terrorista, bem como um ataque com machado em um trem na Baviera (cinco feridos).
Muitos desses atos foram cometidos por requerentes de asilo e valeram à chanceler Angela Merkel muitas críticas por sua política de abertura a centenas de milhares de refugiados em 2015 e 2016.
Para os investigadores, no entanto, nenhum dos agressores chegou à Europa levando ordens do EI, ao contrário de alguns dos terroristas dos ataques de 13 de novembro de 2015 em Paris.
A Alemanha continua sendo alvo de grupos extremistas, particularmente em razão de seu envolvimento na coalizão que luta contra o Estado Islâmico no Iraque e na Síria e na que está no Afeganistão desde 2001.
As tropas alemãs não participam, porém, de qualquer operação de combate, apenas de missões de reconhecimento, treinamento, ou reabastecimento.