A erupção do vulcão de Fogo na Guatemala em 3 de junho, que deixou 113 mortos e 329 desaparecidos, provocou danos e prejuízos para 219 milhões de dólares, segundo relatório do governo e da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).
[SAIBAMAIS]O prejuízo estimado foi calculado a partir da avaliação da destruição de "patrimônios", além do impacto "sobre o valor de bens e serviços" que não foram prestados devido a tragédia, explica o documento publicado nesta quarta-feira, 11/7.
A avaliação da catástrofe foi feita pela Secretaria de Planejamento e Programação da Presidência guatemalteca com apoio da Cepal, organismo da ONU.
O relatório avaliou a população afetada, lojas, educação, saúde, transporte, água e saneamento, eletricidade, agricultura, turismo, comércio, agroindústria e meio-ambiente.
Também foram contabilizados "custos adicionais" do governo para atender à emergência.
"Em termos relativos podemos dizer que o valor dos efeitos do desastre equivale a 0,3% do PIB corrente do país em 2017", destacou o estudo.
"Embora o impacto macroeconômico é relativamente pequeno, isso não quer dizer que não haja um aumento de pobreza pela perda de salários e outras receitas entre as famílias afetadas pela erupção", alerta o estudo.
O vulcão de Fogo, de 3.763 metros de altura e localizado a 35 km a sudoeste da capital, provocou há mais um mês uma potente erupção, seguida de uma avalanche de fluxos piroclásticos (uma mistura de rochas, gases e cinzas) que soterrou a comunidade San Miguel Los Lotes, na cidade de Escuintla, no sul, e afetou as aldeias vizinhas.
A catástrofe deixou 113 mortos e 329 desaparecidos e, embora a busca oficial tenha sido concluída, alguns vizinhos continuam entrando na região devastada para buscar seus parentes.