A China tolera cada vez menos esses sinais de protesto em Hong Kong, território que tem certa autonomia, desde as manifestações maciças de 2014 pró-democracia que quase bloquearam algumas partes da cidade. Os ativistas reclamam a independência do território.
Hong Kong tem alguns direitos não autorizados no continente, como a liberdade de expressão, mas os manifestantes temem que essas liberdades sejam ameaçadas pelo governo chinês e pelas autoridades locais leais ao governo central.
As autoridades "recorrem a vários meios para mostrar seu poder e impedir a manifestação", acusou Sammy Ip, da Frente de Direitos Civis, que convocou o protesto.
Por exemplo, a polícia alertou os residentes locais que eles poderiam ser detidos por manifestações ilegais se eles se juntassem à marcha, um meio de "intimidar os cidadãos", segundo Sammy Ip.
O jornal Ta Kung Pao, pró-China, pediu no mês passado em um editorial a proibição da manifestação.
A marcha terminou em frente ao prédio do governo de Hong Kong. Os manifestantes reclamavam "o fim da ditadura do partido único".
"O governo não trabalha para o povo e muita gente sofre", declarou à AFP Iris Wong, de 26 anos.