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Bens confiscados de ex-premier da Malásia valem até US$ 273 milhões

Os bens embargados incluem 116 milhões de ringgits (28,8 milhões de dólares) em espécie, em 26 moedas, quase 12.000 joias, centenas de bolsas de grandes marcas e vários relógios

Agência France-Presse
postado em 27/06/2018 07:42
O diretor do Departamento de Investigação Criminal Comercial da Malásia, Amar Singh, mostra imagens de itens apreendidos em seis instalações ligadas ao deposto líder da Malásia Najib Razak
Kuala Lumpur, Malásia - Os bens confiscados durante uma investigação por corrupção contra o ex-primeiro-ministro da Malásia Najib Razak, que incluem joias e bolsas de luxo, têm um valor estimado de até 273 milhões de dólares, anunciou a polícia.

"O valor de todos os bens, o preço de varejo, ficará entre 910 milhões e 1,1 bilhão de ringgit", declarou o diretor do departamento de polícia para crimes financeiros, Amar Singh, em uma entrevista coletiva. Isto equivale a algo entre 225 e 273 milhões de dólares.

Os bens embargados incluem 116 milhões de ringgits (28,8 milhões de dólares) em espécie, em 26 moedas, quase 12.000 joias, centenas de bolsas de grandes marcas e vários relógios.

A polícia anunciou no mês passado a apreensão de centenas de caixas com bolsas de luxo repletas de dinheiro e joias durante operações na investigação sobre Najib, que foi chefe de Governo de 2009 até maio deste ano.

[SAIBAMAIS]O novo governo, formado após as eleições legislativas de 10 de maio, liderado por Mahathir Mohamad, de 92 anos, anunciou que desejava recuperar os fundos desviados da empresa pública 1Malaysia Development Berhad (1MDB), criada por Najib pouco depois de sua chegada ao poder em 2009 e que tem atualmente uma dívida de bilhões de dólares.

O ex-primeiro-ministro, suspeito pelo desvio de quase 700 milhões de dólares, nega qualquer irregularidade.

O caso abala a Malásia há vários anos e contribuiu para a severa derrota nas legislativas da coalizão que governava o país há 61 anos.

Pouco depois da posse de Mahathir como primeiro-ministro, as autoridades malaias proibiram a saída de Najib do país.

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