Nove países da União Europeia (UE), entre eles Espanha e Portugal, criaram nesta segunda-feira (25/6), por iniciativa da França, um grupo europeu de intervenção capaz de realizar rapidamente uma operação militar, uma retirada de um país em guerra ou dar ajuda em caso de catástrofes.
[SAIBAMAIS]"Queremos desenvolver uma cooperação entre países politicamente voluntários e militarmente capazes de intervir se for necessário", explicou a ministra francesa dos Exércitos, Florence Parly, em Luxemburgo, após a assinatura do documento de compromisso.
Parly descartou falar de "uma força para nomear a Iniciativa Europeia de Intervenção (IEI)", já que os cenários que pode tratar não tenham que ser "estritamente militares", disse à AFP em Luxemburgo, onde houve a reunião dos ministros de Defesa e dos chanceleres da UE.
A ministra francesa citou como exemplo a intervenção feita por Reino Unido e Holanda após a passagem do furacão Irma nas Antilhas em setembro de 2017.
Além da França, assinaram o acordo Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Holanda, Estônia, Portugal, Espanha e Reino Unido, que deve deixar a UE em março de 2019.
A Itália tinha concordado, mas "o novo governo precisa de tempo para examinar todas as opções", disse Parly. A iniciativa está aberta ao restante dos países do bloco.
A ministra alemã da Defesa, Ursula von der Leyen, insistiu na necessidade de "vinculá-la o mais estreitamente possível à defesa europeia".
Na mesma linha, sua homóloga francesa deverá contribuir à Cooperação Estruturada Permanente (PESCO, na sua sigla em inglês), uma iniciativa lançada em dezembro para desenvolver as capacidades de defesa no bloco.