Felicia Langer, germano-israelense, que somou aplausos e críticas por seu ativismo e trabalho jurídico em defesa dos palestinos, faleceu aos 87 anos na Alemanha, informaram neste domingo (24).
Nos anos 1960 e 1970, ficou conhecida por sua defesa dos detidos palestinos na Cisjordânia ocupada e da Faixa de Gaza.
Ativista de esquerda, Langer qualificou Israel de Estado "apartheid". Nos anos 1990, emigrou para a Alemanha, onde adotou a cidadania em 2008.
Langer nasceu em 1930 na Polônia de pais judeus que fugiram da invasão da Alemanha nazista quando ela tinha oito anos para se refugiarem na União Soviética.
Em seu site, diz que no exílio "aprendeu o que quer dizer ser refugiado, pertencer a uma minoria necessitada e viver na pobreza".
Depois da guerra, em 1949, se casou com Mieciu Langer, que sobreviveu a um campo de concentração.
No ano seguinte o casal se mudou para Israel, onde vivia sua mãe e onde estudou Direito.
Rapidamente se dedicou a defender os palestinos nos tribunais israelenses e os israelenses objetores de consciência.
Em 1990, Langer abandonou sua atividade profissional e emigrou para a Alemanha, declarando que o sistema legal em Israel se tornou "uma farsa".
Diagnosticada com câncer, faleceu na sexta-feira em um hospital local.