Agência France-Presse
postado em 15/06/2018 19:21
O presidente afegão, Ashraf Ghani, confirmou nesta sexta-feira (15/6) que o líder talibã paquistanês Maulana Fazlullah, envolvido na tentativa de assassinato da jovem Malala, foi abatido na quarta-feira no Afeganistão por um drone do Exército americano.
[SAIBAMAIS]"Falei com o primeiro-ministro do Paquistão, Nasirul Mulk, e com o chefe do Estado-Maior, o general Qamar Javed Bajwa, e confirmei a morte do mulá Fazlullah", tuitou Ghani.
"Sua morte é resultado de incansáveis buscas (...) feitas pelos serviços de segurança afegãos", continuou.
O Exército americano realizou um bombardeiro aéreo em 13 de junho contra a província de Kunar, perto da fronteira entre Afeganistão e Paquistão.
Um responsável militar americano confirmou que o bombardeio dos Estados Unidos apontava contra (Fazlullah) mas se absteve de confirmar sua morte, que já foi anunciada várias vezes anteriormente, até que fosse desmentida. "Ainda não estamos preparados para dizer que alcançamos o grande prêmio", indicou à AFP.
O presidente afegão acrescentou que os dirigentes paquistaneses comemoraram a operação, "um grande avanço na consolidação da confiança entre os dois países". Ao contrário, indicou que havia pedido a eles "que levassem os talibãs que moram no Afeganistão à mesa de negociações".
O Departamento de Estado anunciou em março uma recompensa de cinco milhões de dólares por ajuda para localizar o comandante talibã, que foi vinculado a ataques no Paquistão e ao atentado frustrado com carro-bomba em Nova York em 2010.
De acordo com o Departamento de Estado, seu grupo "demonstrou ter uma aliança próxima com a Al-Qaeda".
Este grupo reivindicou o massacre de mais de 150 pessoas em 2014 em uma escola na cidade paquistanesa de Peshawar.
O TTP também foi responsável pelo ataque de 2012 contra a jovem Malala Yousafzai, que desde então se tornou um símbolo da luta pelo acesso à educação das mulheres jovens.