O Canadá anunciou, nesta quarta-feira (6/6), novas sanções contra aliados do presidente venezuelano Nicolás Maduro, inclusive sua esposa, em resposta às eleições presidenciais "ilegítimas e antidemocráticas" do último domingo, 3/6.
[SAIBAMAIS]As eleições, que deram a reeleição a Maduro, foram boicotadas pela opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) e não reconhecidas pela União Europeia, por 13 países da América Latina e pelos Estados Unidos, que as denunciaram como uma "farsa".
O Canadá também rejeitou o resultado "fraudulento" e, com seus aliados do G7, pediu para Maduro convocar novas "eleições livres e justas", libertar todos os presos políticos e restaurar a autoridade da Assembleia Nacional, controlada pela oposição.
"Essas sanções enviam uma mensagem clara de que o comportamento antidemocrático do regime de Maduro tem consequências", disse a chanceler canadense, Chrystia Freeland, em um comunicado.
As 14 pessoas afetadas pelas novas sanções incluem a esposa de Maduro, Cilia Flores, e outros membros de seu entorno: legisladores, autoridades eleitorais e judiciais.
As sanções anteriores foram dirigidas contra Maduro e mais de uma dúzia de altos funcionários que, segundo Ottawa, tiveram um papel na "deterioração da democracia" na Venezuela.
Com o Canadá, os Estados Unidos e a União Europeia adotaram sanções contra altos funcionários venezuelanos, e nesta semana o bloco europeu se comprometeu a impor "rapidamente" novas medidas restritivas em resposta às eleições presidenciais.