<div style="text-align: justify"><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2018/06/05/686167/20180605082815542853o.jpg" alt="Dezesseis países da UE reconhecem o casamento entre pessoas do mesmo sexo" /><br /></div><div style="text-align: justify"><strong>Luxemburgo, Luxemburgo </strong>- O cônjuge de um cidadão europeu tem direito à residência em qualquer país da União Europeia (UE), independente da nacionalidade e se o Estado em que solicita residência reconhece ou não o casamento entre pessoas do mesmo sexo, anunciou a justiça.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"Embora os Estados membros tenham liberdade para autorizar ou não o casamento gay, não podem obstruir a liberdade de residência de um cidadão da União ao negar a seu cônjuge do mesmo sexo o direito de residência", afirma em um comunicado o Tribunal de Justiça da UE (TJUE).</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">O TJUE respondeu a uma dúvida apresentada pelo Tribunal Constitucional da Romênia, que deve se pronunciar sobre o caso de Robert Clabourn Hamilton, um cidadão americano que se casou com o romeno Relu Adrian Coman em Bruxelas em 2010.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">As autoridades romenas informaram em 2012 ao casal que Hamilton só poderia receber um visto de residência de três meses, e não permanente, porque a Romênia não reconhece os casamentos entre pessoas do mesmo sexo e, portanto, o americano não pode considerado o cônjuge de Coman.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Os magistrados do tribunal com sede em Luxemburgo afirmam que, de acordo com a norma europeia sobre o exercício da liberdade de circulação, o conceito de cônjuge é "neutro do ponto de vista de gênero, portanto pode incluir o cônjuge do mesmo sexo".</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">O TJUE segue a opinião do advogado geral, que em janeiro considerou que a questão está vinculada à "vida familiar", que teria a proteção da Carta dos Direitos Fundamentais da UE, e apontou a evolução das sociedades.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Dezesseis países da UE reconhecem o casamento entre pessoas do mesmo sexo e outros adotaram a união civil, mas a maioria dos países do leste europeu não autoriza nenhuma das possibilidades. Na Romênia, a homossexualidade deixou de ser considerada crime no início dos anos 2000.</div>