As forças de segurança indianas disseram ter respondido aos disparos de guardas de fronteira paquistaneses na cidade de Sialkot (nordeste), na região disputada pela Índia e o Paquistão.
"Os soldados foram imediatamente evacuados para um hospital militar, onde morreram em consequência dos ferimentos", informou Manoj Yadav, porta-voz das guardas de fronteira indianas.
As autoridades paquistanesas não fizeram comentários a respeito do ocorrido.
Estes enfrentamentos acontece quatro dias depois que os exércitos da Índia e do Paquistão prometeram respeitar o cessar-fogo de 2003 na Caxemira, onde se multiplicam os conflitos na fronteira entre os dois países e a violência alcançou níveis não vistos em 15 anos.
Islamabad e Nova Délhi informaram sobre mais de 200 mortos e mais de mil feridos desde 2015 ao longo da Linha de Controle, fronteira de 740 quilômetros que separa Azad Caxemira (Paquistão) e Jammu e Caxemira (Índia).
Segundo as autoridades paquistanesas, os disparos e bombardeios da Índia, que foram retomados em meados de 2016, deixaram 21 mortos e 128 feridos desde 1; de janeiro. De acordo com Nova Delhi, os ataques do Paquistão provocaram este ano 43 mortos indianos, 25 deles civis.
Os dois países, que reivindicam este território com uma população sobretudo muçulmana e travaram duas guerras, haviam permanecido relativamente tranquilos durante uma década depois do último cessar-fogo, em 2003.
A tensão também aumenta pela insurreição separatista que desestabiliza a Caxemira indiana desde o final dos anos 1980 e que provocou dezenas de milhares de mortos. Nova Delhi acusa regularmente Islamabad de avivar este movimento, algo que o Paquistão nega.
Segundo especialistas, 500 mil soldados indianos foram mobilizados na Caxemira, entre cinco e 10 vezes a mais que os efetivos paquistaneses.