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Governo da Venezuela liberta mais 40 opositores

Rodríguez não disse quantos serão soltos no total. Na sexta-feira também foram libertados 40, entre eles o ex-prefeito Daniel Ceballos e o general aposentado Ángel Vivas

Caracas - O governo da Venezuela soltou neste sábado (2/6) um novo grupo de 40 opositores, como parte das libertações prometidas pelo presidente Nicolás Maduro após sua questionada reeleição em 20 de maio.

"No dia de hoje são quarenta (...) que recebem amplos benefícios processuais", anunciou o ministro de Comunicação, Jorge Rodríguez, em discurso transmitido pelo canal estatal.

Rodríguez não disse quantos serão soltos no total. Na sexta-feira também foram libertados 40, entre eles o ex-prefeito Daniel Ceballos e o general aposentado Ángel Vivas.

O grupo libertado neste sábado é liderado pelo deputado suplente Gilber Caro, de 44 anos, detido em janeiro de 2017 acusado de traição à pátria e subtração de armas da Forças Armadas.

Também foi beneficiado Raúl Emilio Baduel, filho do general preso Raúl Isaías Baduel, antigo aliado de Hugo Chávez e rebaixado por Maduro em março por suposta conspiração.

Raúl Emilio Baduel foi detido em 21 de março de 2014 e condenado a oito anos de prisão, acusado de "instigação pública, intimidação pública e agrupamento".

O ex-deputado de Barinas, Wilmer Azuaje, detido em maio de 2017, acusado de agrupamento, foi outro dos libertados.

Antes de serem libertados, os opositores comparecem a um ato na chancelaria comandado por Delcy Rodríguez, a presidente da Assembleia Constituinte e responsável pelas libertações mediante a Comissão da Verdade.

"É preciso apartar o ódio e a intolerância, há que buscar as vias democráticas e pacíficas", disse Rodríguez aos 40 libertados neste sábado.

Os opositores libertados devem cumprir medidas cautelares que incluem a proibição de saída do país. Muitos ficam proibidos de falar com a imprensa.

A ONG Fórum Penal, que contabilizava 357 "presos políticos" antes dessas libertações, questiona que enquanto Maduro liberta alguns, outros são detidos

"Dissemos à comunidade internacional que esteja atenta a esse efeito porta giratória", disse o diretor da ONG, Alfredo Romero, que denunciou que na última semana houve 22 detenções.