O Conselho teve uma sessão de urgência a pedido dos Estados Unidos, que pediu ao organismo que condenasse os recentes ataques do Hamas e a Jihad Islâmica contra Israel.
Mas o Kuwait, integrante não permanente do Conselho que representa os países árabes, bloqueou o projeto de declaração promovido por Washington, argumentando que iria apresentar nesta semana seu próprio projeto para superar a crise com medidas de proteção aos palestinos.
Uma série de foguetes e morteiros lançados contra Israel de Gaza fez que Israel respondesse com ataques a 65 locais na Faixa de Gaza.
Esta escalada de violência é a maior desde a guerra de 2014 entre Israel e Gaza acontece após semanas de mobilizações palestinas em protesto contra a transferência da embaixada dos Estados Unidos em Israel para Jerusalém, que deixaram um saldo de 100 palestinos mortos nas mãos das forças de segurança israelenses.
A calma voltou a Gaza nesta quarta-feira, mas o enviado especial da ONU advertiu que a continuidade dos protestos previstos poderiam gerar mais violência. "Ninguém em Gaza pode permitir outra guerra", disse Mladenov.
Em um e-mail à delegação dos Estados Unidos, o Kuwait afirmou: "Não podemos concordar com o texto que sua delegação apresentou, especialmente porque estamos considerando um rascunho de resolução que aborda a proteção de civis nos territórios palestinos ocupados e na Faixa de Gaza".
Os Estados Unidos, que têm direito a veto no Conselho, se oporá a essa proposta, disse à imprensa o embaixador israelense na ONU Danny Danon. "O povo de Gaza não precisa de proteção de uma fonte externa. O povo de Gaza precisa ser protegido do Hamas", disse a representante americana na ONU Nikki Haley.
O embaixador francês, Francois Delattre, advertiu que a incapacidade do Conselho para adotar uma resposta diante da crise de Gaza prejudica as Nações Unidas. O silêncio "não é aceitável para as populações palestina e israelense, afetadas por este conflito. Não é aceitável para o mundo, que está nos observando", disse.