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Trump quebra silêncio sobre tuíte racista de série de TV e ataca ABC

A série "Roseanne", dirigida especialmente a um público eleitor de Trump, foi cancelada na terça-feira após a comediante comparar no Twitter uma ex-conselheira negra de Barack Obama, Valerie Jarrett, a um macaco

Agência France-Presse
postado em 30/05/2018 13:53
A série
Washington, Estados Unidos - Donald Trump quebrou nesta quarta-feira (30/5) seu silêncio sobre o tuíte racista que custou a Roseanne Barr sua série de TV, mas não para condená-lo, e sim atacar para rede ABC e queixar-se de que ninguém pediu desculpas a ele por comentários "horríveis" sobre ele.

A série "Roseanne", dirigida especialmente a um público eleitor de Trump, foi cancelada na terça-feira após a comediante comparar no Twitter uma ex-conselheira negra de Barack Obama, Valerie Jarrett, a um macaco.

"A irmandade muçulmana e o planeta dos macacos tiveram um bebê = vj", as iniciais de Jarret, tuitou Roseanne, antes de apagar o comentário e pedir desculpas. Jarrett, de origem iraniana de pais afro-americanos, contou que Bob Iger, presidente da Disney, proprietária da ABC, telefonou para ela para lhe dizer que havia decidido cancelar a série.

"Bob Iger, da ABC, ligou para Valerie Jarrett para avisar que ;a ABC não tolera comentários como os feitos por Roseanne Barr;", escreveu o presidente dos Estados Unidos. "Caramba, ele nunca ligou para o presidente Donald J. Trump para pedir desculpas pelas declarações HORRÍVEIS feitas sobre mim na ABC. Talvez eu não tenha recebido a ligação?", acrescentou.

Barr, de 65 anos e partidária ferrenha de Trump, adepta das teorias da conspiração, usa o Twitter com frequência para divulgar suas opiniões.

Ele insistiu depois do tuíte racista que seu comentário sobre Jarrett era uma "piada" de "mau gosto". Mas a ABC considerou a postagem "repugnante" e "aberrante" e anunciou que o programa seria cancelado. A comediante também tentou se desculpar dizendo que havia tomado o sonífero Ambien antes de escrever no Twitter às duas da manhã.

O laboratório francês Sanofi, que fabrica o remédio, aproveitou a situação. "O racismo não está entre os efeitos colaterais conhecidos" de Ambien, disse a Sanofi em sua conta no Twitter. "Pessoas de todas as raças, religiões e nacionalidades trabalham diariamente na Sanofi para melhorar a vida das pessoas no mundo".

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