Um comando armado do grupo Estado Islâmico (EI) atacou nesta quarta-feira (30/5) o complexo do Ministério do Interior afegão em Cabul, provocando explosões e tiroteios por cerca de 90 minutos, antes de ser aniquilado.
"Os agressores chegaram em dois veículos. Eram oito. Um se explodiu e os outros foram mortos" pelas forças de ordem, indicou em coletiva de imprensa o porta-voz do ministério do Interior, Najib Daish.
"Um policial foi morto e cinco ficaram feridos" durante o ataque. O ataque foi reivindicado pelo EI, que o chamou de "incursão suicida" através de seu órgão de propaganda. Após o ataque, as operações continuavam. "Trata-se agora de ativar os coletes suicidas encontrados nos corpos de atacantes", disse Danish, alertando que novas explosões deverão ser ouvidas.
Uma fonte das forças de segurança afirmou à AFP que "sete terroristas foram mortos e as operações de limpeza continuam para garantir que não haja mais nenhuma ameaça" no complexo do ministério, localizado a caminho do aeroporto de Cabul.
A primeira explosão foi ouvida ao meio-dia no primeiro posto de controle logo na entrada do ministério, seguido por muitos outros e por tiroteios. As forças especiais foram imediatamente enviadas para o local e todas as estradas bloqueadas para o ministério.
Há 10 dias, o Talibã pediu que os moradores de Cabul se mantivessem distantes dos "locais militares" para "evitar baixas civis". Segundo a missão da ONU no Afeganistão (Manua), a capital tornou-se, desde 2017, o lugar mais perigoso do país para os civis, pela multiplicação de ataques reivindicados pelo Talibã ou pelo grupo Estado Islâmico.