Bruxelas, Bélgica - Os 28 ministros de Finanças da União Europeia (UE) conseguiram, nesta sexta-feira (25/5), resolver suas diferenças para reduzir o risco no setor bancário, um primeiro acordo indispensável para chegar à União Bancária.
O acordo, que agora deverá ser negociado com a Eurocâmara, busca atualizar as regras adotadas pela UE durante e depois da crise financeira, para evitar que os contribuintes assumam o custo de eventuais quebras de bancos.
Além disso, era necessário para os países do norte da Europa, liderados pela Alemanha, aceitarem começar a discutir uma mutualização do risco bancário - e, assim, avançar nas negociações para completar a União Bancária.
Berlim sempre se mostrou reticente a compartilhar o risco bancário, já que teme ter de pagar em caso de quebra dos bancos do sul da Europa, especialmente italianos - mal administrados em sua opinião.
O acordo desta sexta-feira "cria o impulso político de que necessitávamos", comemorou o ministro francês das Finanças, Bruno Le Maire, que deve apresentar em julho um roteiro para a União Bancária com seu pai alemão, Olof Scholz.
Ao todo, 26 países votaram a favor do acordo sobre o risco bancário nesta sexta. A Grécia se absteve, bem como a Itália, cujo novo governo ainda está em processo de formação.
O Conselho da UE, que reúne os 28 países do bloco, agora deve negociar a questão com a Eurocâmara, que ainda não definiu sua posição.
"Isso cria as bases para novos avanços diante da culminação da União Bancária", defendeu o vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, para quem a "Europa necessita de um setor bancário forte e diversificado".