Miami, Estados Unidos - Os meteorologistas americanos informaram nesta quinta-feira (24/5) que haverá "de cinco a nove furacões" a partir de junho, dos quais até quatro poderão ter ventos de mais de 180 km/h.
No ano passado, o Caribe e a costa sul dos Estados Unidos sofreram a passagem de três ciclones devastadores.
Em seu esperado anúncio anual de previsões de furacões, a Associação Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla em inglês) explicou que há "70% de chance de que haverá de 10 a 16 tempestades nomeadas (...), das quais de 5 a 9 poderiam se tornar furacões".
Destes, entre um e quatro poderiam ultrapassar a categoria 3, em uma escala que vai até 5. Isso significa que há uma chance de 75% de que a temporada de furacões do Atlântico de 2018 - que vai de 1; de junho a 30 de novembro - seja igual, ou mais ativa do que a média.
Uma estação média produz 12 tempestades nomeadas, isto é, com ventos que excedem os 62 km/h, dos quais seis podem se converter em um furacão, algo que acontece ao exceder os 119 km/h.
"É hora de começar a se preparar", disse Gerry Bell, líder da equipe de previsão do Centro de Previsão Climática da NOAA.
"Não podemos prever quantas tempestades atingirão a terra", acrescentou ele, "mas dezenas de milhões de pessoas devem começar a se preocupar com o início da nova temporada".
A primeira tempestade deste ano será chamada Alberto. As autoridades meteorológicas eliminaram "Harvey", "Irma" e "Maria" de sua lista de nomes disponíveis para tempestades, dado o nível de destruição que esses três furacões, que atingiram categoria 4 e 5, causaram no ano passado nos Estados Unidos e no Caribe.
Entre agosto e setembro de 2017, os três ciclones consecutivos mataram centenas de pessoas - embora contagens não-oficiais em Porto Rico indiquem mais de 1.000 mortes - e causaram bilhões de dólares em danos.
Harvey atingiu o Texas, causando inundações históricas na cidade de Houston. Irma devastou as ilhas do Caribe em seu avanço para a Flórida, onde atacou particularmente os Keys. E María destruiu completamente as infraestruturas de Porto Rico e de Dominica. As ilhas ainda estão longe de se recuperar dos danos da temporada passada.