Israel está preparando uma série de festividades para celebrar a abertura da nova embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém na segunda-feira, uma decisão que gerou protestos dos palestinos e aumentou temores de uma nova disparada da violência Ao mesmo tempo em que comemorará o 51; aniversário da "unificação" de Jerusalém após a guerra de 1967, o governo israelense promoverá uma recepção de gala para a cerimônia da nova embaixada.
Estarão presentes no evento a filha do presidente americano, Donald Trump, Ivanka, seu conselheiro sênior e genro, Jared Kushner, e o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin. Também são esperados diplomatas de outros países, ainda que muitos embaixadores de nações europeias que se opõem à mudança da embaixada tenham decidido não comparecer à inauguração.
Israel capturou o leste de Jerusalém na Guerra dos Seis Dias e anexou a região ao seu território, num movimento não reconhecido internacionalmente. Os palestinos desejam que a área seja a capital de seu futuro Estado, e veem a realocação da embaixada americana de Tel-Aviv para Jerusalém como um movimento descaradamente unilateral que invalida o papel dos EUA como enviado de paz ao Oriente Médio.
A decisão de Trump de reconhecer Jerusalém como capital de Israel incitou meses de protestos nos territórios palestinos. Os comandantes do Hamas lideraram as manifestações, que devem atingir o pico nesta semana com o 70; aniversário do que os palestinos chamam de "nakba", ou "catástrofe", referindo-se à sua extirpação em massa durante a guerra que se seguiu após a declaração de independência de Israel, em 1948.