Starbucks está adotando uma política de banheiros abertos e permitirá sua utilização mesmo para quem não consumir seus produtos, após a prisão de dois homens negros inocentes que se tornou um pesadelo de relações públicas para a rede.
A breve detenção de Rashon Nelson e Donte Robinson, no dia 12 de abril, após uma gerente do Starbucks na Filadelfia chamar a polícia para denunciá-los enquanto aguardavam um amigo na loja sem consumir gerou indignação nos Estados Unidos e uma campanha pelo boicote.
"Não queremos nos tornar um banheiro público, mas tomaremos a decisão correta e daremos a chave para as pessoas", disse nesta quinta-feira o diretor-executivo da Starbucks, Howard Schultz, em um debate no centro de análises Atlantic Council de Washington DC.
"Todos são bem-vindos ao Starbucks. Não queremos que ninguém no Starbucks se sinta como se não pudesse ir ao banheiro porque não merece".
Rashon Nelson e Donte Robinson entraram no café e um dos homens pediu para usar o banheiro sem ter consumido. A dupla aguardava uma terceira pessoa para uma reunião de trabalho.
O pessoal da loja se negou a entregar a chave do banheiro e quando os dois se sentaram para esperar, a gerente do café chamou a polícia.
Nelson e Robinson fecharam com a Starbucks e a cidade da Filadelfia um acordo simbólico no qual receberam uma indenização de um dólar e a promessa da prefeitura de financiar com 200 mil dólares um programa para estudantes de escolas públicas que desejem se tornar empresários.