Depois de se reunir com diferentes partidos, o presidente do Parlamento, Roger Torrent, propôs Torra oficialmente como candidato e convocou o debate de posse para "sábado às 12h (locais)", informa um comunicado.
Na sessão de sábado, este advogado e editor, de 55 anos, considerado da ala dura do separatismo, deverá apresentar seu programa aos demais deputados. Dificilmente, porém, poderá ser escolhido nesse mesmo dia, por não dispor de maioria absoluta em uma Câmara de 135 cadeiras.
O debate então se adiaria por dois dias, até segunda-feira, quando o candidato precisará ganhar a votação por maioria simples para ser eleito.
Até o momento, dispõe de 66 apoios confirmados de seu grupo Juntos pela Catalunha e de outro grande partido separatista, o Esquerda Republicana, contra 65 da oposição.
Também precisará da abstenção da facção mais radical do separatismo, a Candidatura de Unidade Popular (CUP), que decide no fim de semana o voto de seus quatro deputados.
Se esse processo fracassar, os separatistas, com maioria absoluta na Câmara após as eleições de dezembro, terão de buscar uma solução antes de 22 de maio, data-limite para evitar uma repetição de eleições após vários meses de bloqueio político.
Para acabar com essa paralisia, Puigdemont anunciou na quinta-feira que renunciava, por enquanto, a recuperar o cargo do qual foi afastado pelo governo espanhol em 27 de outubro em resposta à declaração de independência realizada pela Câmara catalã.
Desde então, essa região é administrada diretamente pelo governo espanhol de Mariano Rajoy, que prometeu suspender seu controle uma vez formado o novo Executivo regional.