O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira (10/5) uma ação conjunta com os Emirados Árabes Unidos para asfixiar uma suposta rede de câmbio controlada pela poderosa Guarda Revolucionária do Irã.
Na primeira ação nesta linha desde que o presidente Donald Trump retirou os Estados Unidos do acordo nuclear iraniano, o Tesouro anunciou sanções contra seis indivíduos iranianos e três companhias ligadas à Guarda Revolucionária que faziam parte da rede de câmbio.
Segundo o Tesouro, a rede em questão manejava "centenas de milhões de dólares" em transações monetárias. O Tesouro também chamou o Banco Central iraniano de "cúmplice" do exército de elite de Teerã, alegando que o banco deu ao grupo acesso a fundos mantidos em contas bancárias no exterior.
"O regime iraniano e o seu Banco Central abusaram do acesso a entidades nos Emirados Árabes Unidos para comprar dólares para financiar as atividades malignas da Guarda da Revolução (...), principalmente para financiar e armar grupos regionais, escondendo o propósito para o qual os dólares foram adquiridos", indicou o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin.
"Pretendemos cortar as fontes de renda da Guarda Revolucionária, de onde quer que venham e seja qual for o destino", acrescentou. Entre as pessoas e empresas sancionadas estão uma suposta "companhia de fachada" do exército de elite iraniano em Teerã, Jahan Aras Kish, e uma casa de câmbio, Rashed Exchange.
O governo dos Estados Unidos deixou claro na terça-feira, quando Trump anunciou a saída do acordo nuclear iraniano, que Washington aumentaria a pressão sobre a Guarda Revolucionária e o Banco Central do Irã. As novas sanções contra a rede de câmbio proíbem que pessoas e entidades americanas façam negócios com ela.